segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Carta

Estou escrevendo isso para todos aqueles que não puderem me encontrar mais devido a forças muito maiores do que estou acostumado. Eu nos últimos tempos fui atingido por uma profunda depressão ao qual não sentia há anos. Então, sinto que perdi algo... E que devo encontrar isso o mais rápido possível. Além, dessa tristeza que me deixa tão deprimido, sinto que minha saúde física esta se esvaindo. Na realidade, acredito que tenho alguma enfermidade e que posso estar gravemente doente. E isso se estende a mais de quatro meses. Toda vez que ia ao médico me diziam ser algum resfriado ou algo parecido. Só que nos últimos dias estou vomitando e junto disso, vejo sangue. Então, para terminar com isso, pretendo viajar logo logo para Monte Verde, e talvez veja médicos em São Paulo antes disso. Se tudo quiser que seja só um mal estar, estarei em Santa Isabel antes do dia de Natal. Mas se não... Eu pretendia daqui cinco anos viajar para a Argentina, mas isso foi interrompido por atitudes e pensamentos sobre outras coisas daqui. De qualquer modo, para garantir que não deixarei de falar com os que amo deixo esse texto... Espero que não seja necessário...


  • Ricardo e Reinaldo Caraça: vocês são os irmãos que nunca tive. São as pessoas mais próximas disso que tive minha vida inteira. Então, gostaria que vocês se lembrassem disso que faz de vocês algo tão especial para mim. Essa fraternidade que sentem por mim. Eu gostaria, realmente, de ter vocês como meus irmãos. Pois nunca me senti tão orgulhoso de vocês como nos últimos meses.
  • Alberto Suzuki, Rodrigo Maciel e Anderson Martins: se já encontraram as mulheres de sua vidas, se entrelacem no que muitos chamam de casamento. Vivam juntos, se amem e tenham filhos. Lembra quando falavamos sobre isso? E riamos pensando no que nossos filhos zoariam uns aos outros? Eu me lembro ainda. Eramos novos. Que saudade daquilo.
  • Lucas Toledo e Maria Isabel Comarella: bons amigos e com os quais contei nas piores horas. A vocês deixo meu maior legado. Os Contos do Tempo Perdido. Podem terminar ele. Façam o que puderem para que quando terminarem, o livro tenha aquele ar fantasioso que nós criamos. Só não se esqueçam: coloquem em James, toda a paixão e amor que eu transmiti com ele. Especialmente quando se referir a sua amada Tallyana. Um detalhe, quando criei esta personagem, me inspirei na minha ex namorada (na época namorada) Karen Moraes da Silva. Ela foi minha base.
  • Horn: Eu sempre quis saber seu nome inteiro. Mas tudo bem. Longe de lhe achar um excêntrico (o que muitos pensaram), sempre o vi como a figura paterna que quis ter e ser. Você é um artista que talvez, se um dia tiver a dádiva de ter um filho, o fará seguir seus sonhos. Não iria impor limites aos seus sonhos, e com certeza iria o acompanhar neles. Fazendo o viver em plenitude. Como iria querer um pai assim.
  • Jeferson Campos de Lima: você sempre é concentrado e obstinado. Sempre admirei isso em você. Alguém que pode ter tudo que quiser. Espero ainda, um dia, ser tão forte quanto você. Rapaz... Você é raro hoje em dia. Se case, e tenha milhares de filhos. 
  • A minha família: perdão. Por não estar com vocês nos momentos mais duros e complicados de suas jornadas. Mas eu mesmo estava em dia horríveis ao meu redor. E que culminaram nisso. Tentei fazer o máximo mas, amores e o serviço me dilaceraram de modo irreversível.
  • Cris Aisawa: eu te odiei. Demais. Só depois de muito pesar e refletir. Você foi como meu pai. Nunca soube quem eu era. Nunca se deu ao trabalho o quão magnífico eu fui. E então eu só lhe digo isso, te perdoo.
  • Karen Moraes da Silva: deve ter outro nome hoje em dia. Soube que casou. Esta feliz pelo jeito. E você que um dia me disse que não casaria cedo? Mas paremos de remoer o passado. Viva com ele o que talvez eu nunca tenha. Tenha filhos. É aquilo que mais me arrependo até hoje de não ter. Uma linda garota e um pequenino rapaz. Consiga tudo que quer. Você me fez feliz como pouca gente me fez. Então lhe digo, pensei em me casar um dia com você enquanto estavamos juntos. Mas esse é um sonho que talvez eu nunca obtenha não é mesmo?
  • Camille de Souza Caruso: Você me odeia. E continue assim. Lhe fiz mais mal do que qualquer outro ser. Se possível lhe daria a chance de me matar. Pois eu te amava e mesmo assim terminei o que tinhamos. Por qual motivo? Por ser um covarde. Por ter medo de magoar e ser magoado. De me esquecer o que é ser romântico. De me perder... E eu lhe devo isso. 
  • Belisa Debora Machado: sinceramente não acreditei em você. Nas suas palavras, mas deixemos isso para o final. Eu não quero que pense que isso é por você. A grande maioria é por mim, pois estou perdido sem encontrar o caminho. E não poderei fazer isso se não seguir algo que preciso fazer pela minha saúde mental. E lógico, física. Você me disse certa vez que eu agia como um personagem principal de história que acredita que sou invulnerável, que aguento tudo. Tem certeza que se referia a mim? Não se torne assim. Não sorria para esconder o enorme coração que você tem. E sim, eu te amo ainda. 
  • Tereza Caraça, minha mãe: se algo me ocorrer, cuidem dela. Ela é a mulher mais doce, porém severa que já conheci. E se algo ocorresse a ela agora me sentiria pior do que já me sinto ultimamente. Mãe eu te amo com todas as forças do meu corpo febril. Que Deus te abençoe.
Vou deixando essa frase: Deêm uma segunda chance a garotos bons. Eles merecem muito mais do que se imagina. Eu fui um. Mas não tive.

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