Muito grato a todos que me
acompanharam até aqui. Os contos do Tempo Perdido irão continuar, mas
por enquanto, estarei parando de escrever por alguns meses. Isso faço,
pois a lenda desses personagens será contada com mais riqueza de
detalhes em breve. Mas não se preocupem, pois continuarei postando
alguns extras. Talvez até mini contos. Se preparem mas por hora...
Fiquem com um trecho de "A Progênie do Dragão Dourado".
"A criatura foi afetada pelo relâmpago pelo arcano ruivo. Mas
nem tanto quanto o jovem queria. Ela não se abalou pelo golpe de energia. Na
verdade, era até possível comparar o dano recebido um pequeno corte na pele. E
não a explosão de energia que surgiu subitamente com a magia.
O que a criatura não contava, era com o poderoso golpe da
espada de Thror, pelas costas, enquanto segurava o elmo. Era como se estivesse
segurando a cabeça de um inimigo, ele tombou diante das botas do grego.
-Thror... – iria começar a falar o mago.
-Não precisa se preocupar em me agradecer! Notei que este
saiu de perto do clérigo...
-Não iria agradecer! – disse Lacktum contrariado – Só queria
saber o motivo de continuar a segurar o elmo com a mão do escudo.
Foi então que o homem da cicatriz olhou para o elmo. Então, o
jogou no chão com receio que ganhasse vida de novo.
Seton ainda tinha dificuldades em enfrentar o seu oponente,
pois além de ter se afastado de seus aliados, ficou encarregado do anão Rufgar.
Ele não poderia largar o prisioneiro que poderia delatar o grupo. Foi nesse
tempo, que o revenant se aproximou o bastante para fazer golpe perfeito. Mas
foi interrompido pelo corpo do anão, que saltou servindo como escudo.
-Vai druida!
Foi como em um piscar de olhos: a foice atravessando o
revenant, enquanto o anão caia de dor. O construto também caiu.
-Ei barbudo, esta bem? – soltou o aflito druida.
-Não acha... Que uma espada curta irá me matar, não é?
Seton sorriu e começou os procedimentos mágicos de cura no
peito do anão.
Todos foram até o anão. Exceto Lacktum que parecia querer
contemplar a vitória. Viu Halphy ajudando o padre. Também viu o jovem Gustavo cumprimentando
Thror pelos excelentes golpes desferidos. Viu a raiva de Valente por não participar
do combate, enquanto Caça Trufas se sentia aliviado. Alexander e Fiel estavam
alegres, só pelo fato, de todos estarem bem. E como todos se reuniram ao redor
de Rufgar para saber se ele estava bem.
O que ele não viu, foi o golpe de uma adaga em suas costas.
-Mestres Hazik e Kalic Benton II mandam lembranças... Disse
uma voz.
Lacktum então ouviu o metal se afastando do corpo. Ele
colocou a mão nas costas e tentou olhar a palma da mão. Não houve tempo. Caiu
inconsciente no chão.
-Ruivo! – gritou Thror.
-Lacktum! – gritou Halphy.
-Mas o... – e antes que Arctus terminasse a frase, entendeu o
que foi dito pelos companheiros. Ele conseguia ver, próximo do corpo
inconsciente do mago. Lacktum, um homem de vestes negras, capa vermelha e usava
um capuz para esconder sua face. Segurava uma adaga grande cheia de um líquido
vermelho e negro que escorria de sua lâmina. Apontando para o grupo, saltou:
-Meus mestres querem os itens do Desalmado e do Cavaleiro de
Platina! Com isso seu colega poderá viver! Estarei naquela direção – disse
apontando para um morro - e quero que
cheguem antes do anoitecer... Se não...
E nesse instante, o assassino fantasmagórico sumiu com a
mesma velocidade que surgiu. Com a ajuda da neve naquele lugar. E a cada
momento ela ficava maior, quase cobrindo o corpo do mago.
Todos foram até seu líder caído. Ele foi erguido pela jovem
Halphy de todo aquele branco. Ela o virou procurando a ferida. Arctus e Seton
não entendiam o motivo da ladina querer ver o golpe no corpo do mago antes
deles. Alguma coisa a intrincava.
Foi quando a jovem encontrou a ferida. Notou que ao redor
dela, havia uma substância esverdeada. Temeu que sua conclusão estivesse certa.
Cheirou e então a fala do estranho. Ela sabia o que era aquilo.
-Praga! Vamos encontrar um lugar seguro para deixar Lacktum! Isso
é veneno de quimera[1]!
Temos que achar uma cura ou ele não sobreviverá!"
[1] O
veneno da quimera é duas vezes mais potente que qualquer elixir, mineral ou
veneno proveniente direto da natureza.
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