Vivo
As palavras que soltamos no
ar nem sempre são o que pensamos. Mas sempre tento passar o que penso no que
falo. Parece até que essa minha língua presa fica solta quando falo o que
sinto.
Meu coração é cheio de
feridas. Cortes de todos os tipos. Já tive cortes das pessoas que me amavam,
das que me odiavam, das que mentiram pra mim e das que acreditavam não mentir
para mim. Eu sei o quanto fere uma palavra não dita, mas sei que um coração que
não acredita no que fala não presta. Jogo fora.
Falam que eu sou louco, que
eu faço as coisas de peito aberto. Então eu digo: qual um bom motivo para não
se fazer isso? Para não se encher de lagrimas? Eu já enchi, transbordei. E sabe
o que aconteceu? Ele transbordou de novo. E vai transbordar de novo... E de
novo... E novamente! Pois é nele que eu deposito aquilo que é mais importante
para mim: minha fé nos outros.
Um bom dia
Vou me embora para Gonçalves
Vou me embora para
Gonçalves
Lá sou amigo de um fazendeiro
Lá tomo leite direto da vaca
E sou tratado como alguém
Lá sou amigo de um fazendeiro
Lá tomo leite direto da vaca
E sou tratado como alguém
Vou me embora para Santa
Rita do Passa Quatro
Vou me embora para Atrás da Pedra
Aqui as pessoas são infelizes e me deixam ainda mais
Lá ninguém fala coisas que não ocorreram sem vontade
Onde conheço José, Maria e seu Bicudo
Todos com seus chapéus de palha
Que nunca me viram antes
Mas são tão respeitosos como eu serei com eles
Vou me embora para Atrás da Pedra
Aqui as pessoas são infelizes e me deixam ainda mais
Lá ninguém fala coisas que não ocorreram sem vontade
Onde conheço José, Maria e seu Bicudo
Todos com seus chapéus de palha
Que nunca me viram antes
Mas são tão respeitosos como eu serei com eles
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